Um levantamento inédito conseguiu identificou áreas estratégicas para a preservação da biodiversidade marinha brasileira.
O estudo analisou a distribuição de 143 espécies ameaçadas em 161 habitats marinhos. Foram considerados também 24 fatores associados a atividades humanas, como pesca e poluição. Com estes fatores, o estudo identificou 286 mil quilômetros quadrados, situados na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do mar brasileiro.
Em meio a este território, os pesquisadores destacam que 83 mil quilômetros quadrados, espalhados principalmente no litoral sul da Bahia e no Sudeste do país, representam áreas consideradas como de prioridade máxima para ações de conservação, devido à combinação de fatores de risco e à expressiva biodiversidade que eles abrigam.
O Brasil planeja criar novas áreas marinhas protegidas nos próximos anos, de forma a que o percentual da ZEE desfrutando de proteção integral ultrapasse os 10% nos próximos 15 anos. Porém, é a primeira vez que se elabora uma proposta para a criação de novas áreas que leva em conta fatores como conectividade ecológica e o impacto cumulativo de diferentes atividades sobre habitats. O estudo, que reuniu pesquisadores do Instituto Oceanográfico da USP, de vários estados brasileiros e da Austrálias, foi publicado na revista científica Diversity and distribution. Para saber mais, leia esta matéria no jornal da USP.